Recalcitrante
















Não há esperança cega
Quando o que nos move
É a doce e implacável sede de conquistar e vencer.
Não há montes, neblinas, não há cansaço ou fadiga
Enquanto os gritos dos miseráveis ecoarem
Entre os vales de almas jejunas de dias mais vivos.
Sufocam-nos com sua fina e sangrenta estupidez domiciliar.
Esperneiam ferozmente no limbo das contrariações.
Ideias velhas, estilos rudes, pensamentos soberbos
De um egoísmo que cheira mal, de uma falsidade
Que mais parece um truque de mágica: uma ilusão aos olhos,
Uma mentira à consciência.
Os reis sem reinado. A rainha sem coroa. A omissão subserviente.
Sem temer os riscos que a luta impõe. Sofro combatendo à guerra fria, sem combate aparente.
Morrerei sem desistir de dar um passo sequer rumo ao impossível (aos olhos dos tolos).
 Mas triunfante, sem medo, sem me curvar a indecente predileção imposta pelo rei sem trono.
Não existe solidão. Quando se tem na caminhada um sonho e um objetivo.
Remover a voz dos discordantes quem se dará a tal proeza?
Não se silencia a avalanche de vozes e de sentimentos.
O inimigo triunfará sempre quando deixarmos a desordem fazer parte das nossas próprias fileiras.
Mas sabemos, afinal, quem são os nossos inimigos?
Não me rendo,
Não sucumbo,
Prefiro morrer de pé
A ter que me humilhar de joelhos.
Existe algo muito maior e mais profundo
Que afaga a rebeldia, algo mais sublime,
Uma nova terra à vista.
Um quinhão de riquezas à espera daqueles que são de fato e de direito seus legítimos donos.

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