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Mostrando postagens de maio, 2009

Silencioso Desiderato

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No dia-dia, em meio ao extremo das horas, as coisas passam em sua volta e muita das vezes, aquele nosso “eu” supremo, aquele lado meio impostor que reside dentro de nós, nos deixa impávido num mundinho fechado que, só vemos o que está à luz do nosso interesse. Ignoramos, reprimimos e até mesmo rejeitamos sentimentos que estão ali, ao alcance dos olhos, ao acalanto das mãos e do olhar... De um simples olhar. Essas aspirações são frutos de uma desentranhada atitude do imaginável. O imaginável saber do sabor de pensar e, de repente, acontecer. Mas como em meio a uma situação inesperada, um lugar inesperado, um inoportuno instante carregado da mais absurda impaciência... A palavra lançada cuidadosamente, a gentileza servida como se esperasse o prato favorito, a delicadeza meio indelicada, a sutileza do minuto aproveitado, do minuto conquistado e a muito esperado. Descobri que, vale à pena ainda correr o risco do ridículo, e pedir pra ter a sorte de não ser patético. Mas nada importa quando

remitir

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Chega um momento em que, sentir solidão não passa de uma simples sensação de vazio ou de espera... Sem ao menos saber o quê. Você se sente longe de qualquer perspectiva, não consegue ter o tato de uma alegria verdadeira, está se arrastando pela vida e mergulhado numa profunda realidade cruel, insípida, fria e escura. Mas lembre-se, Ele sabe disso! Você se acha tão pequeno diante daqueles que se julgam grandes; diante dos holofotes dessa podre máscara de descarados sem memória. Você chora de raiva porque tudo parece dar errado, as coisas estancam sem evoluir no compasso do relógio de uma vida confortável, o caminho é estreito e você argumenta com os espinhos e acha que seus passos se perderam... Mas lembre-se, Ele vê e sabe disso! Teus planos em cada novo ano nunca acontecem. Tuas decepções flutuam em uma órbita que, gravita cada vez mais veloz em sua própria volta e não te deixam em paz. Tua força de vontade sofreu a abulia mais tensa e aquela luz no fim do túnel parece ter ficado mais
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A infância mudou ou fomos nós que mudamos?

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O recordar da minha infância me traz lembranças tão boas que, daria tudo para reportar-me ou até mesmo prender-me naquele tempo que, infelizmente não voltará mais. Ah que saudade daquela época! Onde não se via uma mácula, não percebia a frieza do mundo e nem sua extrema crueldade para com os semelhantes. Mas somos semelhantes a quê? Se nosso comportamento, às vezes, reflete uma disposição bem pior de que dos irracionais. Somos maus, necessitamos de mais amor, mais tato, mais sentimentos simples e desinteressados, mais proximidade a fim de que nossa sensibilidade se apure se purifique. Certamente não estou sozinho quando o assunto é a velha infância que já se foi, está perdida no passado, sozinha... Mas ao mesmo tempo tão guardada na memória daqueles que aproveitaram o melhor momento da vida, da forma mais simples e nominal possível: Brincando! A infância, que vem do latim in-fans, aquele que não fala, que está destituído da linguagem madura, cai bem a nomenclatura, se vermos as atitude

Um minuto apenas.

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Um minuto além do que possa acontecer, é o bastante pra que a vida nos traga surpresas jamais imaginadas. Um minuto além do que eu possa entender, é o bastante pra que eu descubra que nem tudo ainda foi vivido e que essas vicissitudes são inevitáveis. Um minuto além do que eu possa perceber, é o bastante pra que o natural se torne algo tão excêntrico, extremo. Um minuto além do que eu possa esperar, é o bastante pra me fazer acolher aquilo que só me fará bem. Um minuto além do que eu possa evitar, é o bastante pra que o silêncio dos meus erros me faça caminhar na estrada do amadurecer. Um minuto além do que eu possa aprender, é o bastante pra dar todo fruto que tenho, sem ter medo de perder. Um minuto além do que eu possa fazer, é o bastante pra desistir de fazer o que me fará ser um homem melhor.

Começar...

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Redescobrir-se é uma invenção pertinente a cada um de nós. Tão fácil que exige um simples olhar para a criatura interior que existe dentro de si. Redescobrir-se é a busca afinada, apurada de uma pessoa melhor, de alguém mais simpático no trato com as adversidades, com os problemas, com as tolices de querer ser o todo-poderoso diante dos olhos julgadores e pútridos dessa sociedade envenenada de posses, prazer, poder e bens. Afinal a figura humana foi trocada por essas concessões, conveniências. Hoje é mais fácil Ter para que assim você venha Ser; sem importar-se com o estúpido padrão dessa visão tão medíocre, tão mesquinha. Haja vítimas, são tantas, sou uma. Mas redescobrir-se é começar... Não recomeçar. Pois o novo não se recomeça, se começa. Eu, depois de um isolamento que quase tirou de mim a vida, conheci dentro de mim uma outra pessoa que nunca antes tive a oportunidade de apresentar-me. Alguém bem mais próximo da essência humana de errar como qualquer um, mas condicionado numa vol

O mundo das fusões e das ideias infundadas

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Com a globalização, essa união massificada dos povos, culturas, raças, essa aproximação abstrata entre as nações, o mundo vive nos últimos tempos, avanços significativos. É a internet e seus fascínios, às vezes, absurdos; são grandes blocos de países desenvolvidos e em desenvolvimentos, com seus números e gráficos que, só por eles mesmos são entendidos, julgados e avaliados; afinal a maioria nunca sabe ao certo como esses números afeta a sua vida. Como se estivéssemos numa estação, vendo as novas tendências da moda, o mundo hoje assiste, quase sem perceber a diferença, a essas fusões de grandes empresas nacionais e multinacionais. Os noticiários dos últimos anos, vez por outra são ocupados com o estopim econômico da fusão de grandes empresas. Os comerciais de cerveja, por exemplo, perderam aquela alegria e criatividades extremas, após a fusão da Brahma com a Antarctica, criando a AmBev. Aquela rivalidade de cem anos que existia entre elas, foi-se desaparecendo sem que percebêssemos. A

DESABAFO....

Eu vejo hoje que o presente se tornou reflexo constante do meu passado. Vejo que lá fora o mundo se torna cada vez mais apático, E minhas tolices impedem de ver o outro lado da rua, da vida. Vejo hoje a solidão quente, ardendo como febre delirante em mim, Eu vejo que meus passos errados estão perdidos e o que eu posso fazer agora é arremessá-los ao esquecimento; é isso um tormento pra mim. Eu vejo com olhos apaixonados, um abraço apertado que exprime amor, um amor latim. Coisas que me cegaram, agora meu espírito sereno me faz ver. Eu vejo hoje que as coisas simples e importantes da vida são exatamente as mais desprezadas. Tornamo-nas desprezíveis pelo fato de que somos vazios. Ocos por dentro, defuntos de pé. Eu vejo hoje que sentir saudade e sentir falta não são as mesmas coisas. Afinal saudade presume que a ausência em algum momento poderá ser finda, contudo quando se sente falta é porque lhe foi tirado um pedaço, pelas próprias mãos ou pela circunstancia feroz de algum momento. Nem

Ao amigo, a amizade...

Como nasceria em mim, explicar qual o sentido de dizer-me amigo? O que nos da a certeza de sabermos se somos bons amigos e que temos amigos bons? Essa aliança que faz os laços de amizade nasce ouro, cresce prata e, muitas vezes, morre bronze. Felizes são os amigos que vivem nesse contrário. Não são amigos, estes são chamados irmãos. Comparados assim porque de fato, assim deveriam viver os irmãos de verdade. Mas não vivem; por que dizer então que tenho um amigo que mais parece um irmão? Porque no fundo sabemos que, irmãos não somos, se fôssemos, tenho certeza que não seríamos amigos. Ter um amigo é assumir um compromisso com a verdade extinta nas relações fraternas. É dificultar o triste penar da ausência de uma conversa franca, boa. Ser um arquiteto desse rebuscado sentimento que, a ciência ainda não o explicou. O tempo é o relógio onde os ponteiros são os amigos que temos. Uns permanecem em nossas vidas por alguns até longos minutos, outros passam subitamente como as horas e outros am