Ao amigo, a amizade...

Como nasceria em mim, explicar qual o sentido de dizer-me amigo? O que nos da a certeza de sabermos se somos bons amigos e que temos amigos bons?
Essa aliança que faz os laços de amizade nasce ouro, cresce prata e, muitas vezes, morre bronze. Felizes são os amigos que vivem nesse contrário. Não são amigos, estes são chamados irmãos. Comparados assim porque de fato, assim deveriam viver os irmãos de verdade. Mas não vivem; por que dizer então que tenho um amigo que mais parece um irmão? Porque no fundo sabemos que, irmãos não somos, se fôssemos, tenho certeza que não seríamos amigos.
Ter um amigo é assumir um compromisso com a verdade extinta nas relações fraternas. É dificultar o triste penar da ausência de uma conversa franca, boa. Ser um arquiteto desse rebuscado sentimento que, a ciência ainda não o explicou.
O tempo é o relógio onde os ponteiros são os amigos que temos. Uns permanecem em nossas vidas por alguns até longos minutos, outros passam subitamente como as horas e outros amigos que, duram o tempo da nossa vida. O Ruim é que não dá pra acertar nesse relógio seus ponteiros, pois assim poderíamos nos livrar de falso passa-tempo, falsos amigos, atrasos de vida. Mas assim ficaria sem graça.
Não sei afirmar quantos amigos eu tenho e nem ao menos dizer de quantos sou amigo, mas posso garantir que, seria capaz de amá-los mesmo que, todos eles me odiassem. Afinal amar é uma necessidade que prescinde de bons amigos, mas, no entanto, não sobrevive sem a experiência da amizade.
Tenho amigos que, apenas desconfiam que acalanto por eles um rascunho de carinho. Mal sabem que desse rascunho poderíamos fazer traços perfeitos de um retrato de amizade que, o tempo jamais apagaria. Esses mesmos amigos se apegam muito mais a essa estranha e imatura atitude de ligações ao celular, convites pra noite, um barzinho, algo com essa essência, do que a infalível compreensão de aceitá-los com suas fraquezas, defeitos.
Meus amigos, a eles um olhar inquiridor e repreensível, não admitindo os vacilos, mas coroando-os com o nobre abraço que transpira uma saudade quando a muito não os vejo.
Meus amigos, a eles um sorriso acolhedor, a gentileza inexpugnável e também os trapos dessa vida que ensina, somente ensina, nada mais. Aos meus amigos, sempre peço que sejam como a calorosa sensação de ser a cada dia um velho novo amigo; não me parecendo toda vez um espelho velho. Porque sempre existirá um desejo de querer se doar de querer viver, de querer estar ou permanecer ao lado das pessoas que precisam da vida pra ser vivida.

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