Sem Culpa
Sem culpa.
Não é quem de nós tenha
culpa,
Se não há culpa em nenhum de
nós.
O que foi do amor daquele
primeiro olhar
Daquele primeiro encontro, do
nosso primeiro momento...
O que foi daquele primeiro
dia de amor, daquela intensidade,
Daquele calor...
Como eu te queria pra mim.
Tudo em mim te desejava
plenamente.
E logo tão rápido, tão
inesperado,
Que de tanto amor veio nossa
primeira semente,
Que em menos de um ano
brotou.
O que foi daquela nossa
intimidade, simplicidade.
Lembro-me que buscávamos tanto
a benção do abençoador,
O que Deus deixou de fazer
por termos deixado de fazer...
Não nos culpemos, embora
minha seja a culpa por ter perdido
O meu grande e eterno amor.
E tão cego, dentro do meu
próprio ego, perdido numa ilusão.
Passos que me levaram para
longe, um lugar que dos olhos de Deus
Não se esconde, mesmo
achando-me livre, tudo era escravidão.
Quanto engano, coisa que veio
me matar sem eu morrer,
Não quis enxergar o que no
fundo era necessário ver.
E o que foi daquela vida, que
eu achava tão simplória...
O que foi de mim que não me
reconheci mergulhado na inglória
Dos desacertos que a desgraça
dos meus erros me levara...
Fazendo-me perder o presente
que tanto pedi num passado,
Agora vivo o passado que o
presente me dedicara.
Caminhei para longe, deixando
o caminho que era só meu...
O abandono que te coloquei, outros
passos se achegaram
E foi aí. Bem aí que teus
olhos de lágrimas, a tua saudade e dor
Foram juntadas e acolhidas,
pouco a pouco te roubaram...
Nada falei, nada fiz e a
culpa da minha falta de amor.
Comentários
Postar um comentário
seu comentário será previamente analisado. Obrigado!