à procura
À procura
Nem mesmo a última chama da ardente espera
Seria igual àquela coisa que mexe por dentro,
Que causa arrepios, suspiros da sensação “ah quem me dera”...
O encontro de um encontro de vontades que estão no centro.
O pensamento se perde na presciência do momento,
Os ensaios das palavras certas, dos gestos, da postura
Sem saber que a forma natural é o que se procura,
Pois é ela que se aproxima da realidade sem juramento.
Da realidade do dia-dia sem maquiagem do formalismo,
Todas as retóricas perdidas através das coisas comezinhas
Que chegam despercebidas no lugar do infinito idealismo,
Mesmo se a compleição vai perdendo para os detalhes das coisinhas.
E estar à procura de alguém é como não saber se vai estar lá,
Quem procura jamais prescinde do fascínio da espera
Ainda que o tempo nunca nos diga quem de fato era
Se quem procurávamos seria quem deveríamos amar.
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