Heróis humanos ou humanos simplesmente?


Observando os últimos acontecimentos dos últimos tempos desse tempo do fim, algo estranhamente difícil de compreender me acossou os sentidos. Fui obrigado a dar uma volta na história, relembrar grandes personagens que tinham tudo para serem exemplos de plenitude de vida, mas que, muitos se tornaram objetos de algo bem maior que a nossa compreensão pode aceitar e entender.


O que é a vida afinal? Questiono-me. Repousa em mim de maneira irresponsável e totalmente fora de conceitos, a noção de que a vida é um presente. Prestemos bastante atenção que certos presentes são específicos para um fim, um uso, uma singularidade que, se quisermos usá-lo de forma inadequada, ele pode deixar de existir em sua essência. Assim, no meu mais irresponsável ponto de vista, é a vida. Este maravilhoso presente. A vida é essa liberdade de arbítrios que podem nos conduzir a outra vida ou nos tornarão ícones de um transitório instante em que passamos nesse universo.


A humanidade tão carente, às vezes, chora quando perde um “herói”, um “ícone”, um “exemplo de talento”. Somos carentes de alma. Somos pobres de “homens super-homens”, somos nus se olharmos o quanto nos falta. Mas nos apegamos aos astros frutos dos sonhos de um Ser Maior. Queremos ser iguais aos nossos heróis, queremos seguir seus passos, queremos que nosso espelho reflita sua imagem. O mundo sempre perde quando alguns grandes homens pela sua história escrevem em nós uma página inigualável de um poema particular e, se vão tragicamente, inesperadamente. Parece que eles vieram simplesmente para fazer uma “participação especial” em nossas vidas. De alguma forma, tiramos uma lição!


Quando John Kennedy foi ceifado, a humanidade que, viu aquele homem lançar o desafio do homem chegar a Lua; foi a Lua sem querer, ao ver aquele que, deveria ser o maior ícone da política mundial de todos os tempos, ser assassinado. Por quê? Para quê? Aquele homem de um discurso singular que nos disse: “O grande inimigo da verdade é, muito frequentemente, não a mentira (deliberada, controvertida e desonesta), mas sim o mito - persistente, persuasivo, e irrealista.” Até hoje ficou o vácuo na política mundial deixado por Kennedy.

Heróis , símbolos de talento, determinação, inteligência... Se misturam ao mesmo tempo aos “heróis” de carne e osso iguais ao homem comum que cultiva à sua maneira sua admiração. O que dizer do inigualável Bruce lee com a sua rapidez e seu poderoso “soco de uma polegada”. Posso dizer que ele era surpreendente! Tanto que disse: “Saber não é o bastante, é preciso aplicar. Querer não é o bastante, é preciso fazer.”


Perderia-me nas palavras se fosse querer dizer algo que definesse Elvis Presley, com seu rebolado escandalizador e sua voz potente sem falar no padrão de beleza que as mulheres o elegeram na época. Como explicar o fenônemo chamado The Beatles que tinha a frente “o imaginable” Jhon Lennon? Sua música, a letra. O que devo dizer do “break” de Michael Jackson, essa lenda pop, com o seu inimitável moonwalk, com sua força e precisão de movimentos, sua afinação, perfeccionismo, suas roupas extravagantes, seu modismo, sua genialidade no que fazia? Viveu um thriller na própria vida.


Esses monstros inesquecíveis será se realmente existiram? Ou daqui a algum tempo vão virar lenda? Mas por que a tragédia os acompanhava tao de perto? O que haveria de errado naquilo que parecia ser perfeito? Será porque se agigantaram a ponto de não caberem em si? Será porque os “heróis morrem jovens”? O que de escuso haveria por trás dessas vidas tão idolatradas? Será o mal da própria idolatria? O exagero da soberba, o horizonte sem fim que causa o poder do dinheiro? O que esses e tantos outros grandes homens da nossa história poderia fazer se, por ventura, tivessem uma nova chance de vida para que, suas vidas não fossem marcadas e manchadas pela idolor e imperceptível trágedia que os cercava.


Esses homens podem e até devem ser respeitados e admirados pelo talento e perfeição naquilo que faziam. Mas seguidos, estariamos sendo infiéis com Aquele que sonhou com cada um deles e lhes deu a vida como um presente. O qual, devo crer que, não souberam o que fazer de melhor com ele.

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